quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mapa de Aroeira


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Forró do Jegue, um animado pedacinho da história de Aroeira

     Uma festa que também se tornou cultural em nosso distrito há  mais de 17 anos é conhecida como Forró-Jegue, que acontece no mês de junho de cada ano. Festa essa que surgiu a partir da visita de um empresário chamado Valmir Del Rio , filho da cidade de Osasco-São Paulo, que veio conhecer o então povoado de Aroeira época de São João, a convite dos moradores José Aldo Gordiano Lima e Antonio Dias.  
  Logo de cara se apaixonou por essa terra e pelo seu povo alegre e acolhedor que botava “fogo” nas festas juninas.  
17º Forró do Jegue em Aroeira - Conceição do Coité
       Durante o dia, o povo não fazia nada a não ser tomar umas e outras e bater aquele gostoso papo, onde outros dormiam a fim de se manterem preparados para a noitada que vinha pela frente. Inconformado com aquela monotonia, este ilustre visitante teve uma brilhante idéia de formar uma festa utilizando um jegue, onde podesse reunir o povo da comunidade. A essa maravilhosa criação deram o nome de Forró do Jegue, pela sua primeira vez aconteceu nos dias 23-24 de junho de 2005, tornando umas das melhores e maiores festas juninas da região do sisal. No início, o jegue levava no lombo duas caixas, um toca fitas e uma bateriade carro. Com o aumento da participação popular, foi transferido todo o som para uma carroça bem equilibrada com dois barris de pinga, puxada pelo jegue. Os participantes acompanham alegremente, todos com camisas identificando o tema da época. A cada ano o jegue ganha um título, ele já foi médico, professor, presidente e na 16º edição do forró ele foi putão,em 2011 tem o tema jegue gari, e irá acontecer dia 17 , 18 e 19 de junho.  Segundo os organizadores do evento o jegue de fato é "putão" então, nada mais justo do que denomina-lo como tal.
A autenticidade é a maior característica da festa. As músicas são compostas pela comunidade, é um evento sem fins lucrativos e a cada ano recebi um número maior de pessoas. "É um forró onde quem participa uma vez não perde mais". Afirma moradora.
   Mesmo sendo uma festa de camisa ela é aberta. O jegue junto com a carroça é decorado e saem pelas ruas do povoado levando o som com as músicas compostas para o forró. As pessoas vão atrás da carroça dançando e tomando a tradicional batida de Aroeira. Pelo crescimento do evento esse ano não foi mais possível usar a carroça, optaram por um mini-trio, com direito a som ao vivo. O cantor Tinho Mascarenhas e Edimilson, cantavam as músicas dessa e das outras edições do forró.
Simbolicamente a batida de Aroeira sai da própria árvore. Já que a festa inicia em frente a casa do vereador Edevaldo, um dos organizadores do evento e também compositor das músicas.E em frente a sua residência tem uma Aroeira, de onde sai a batida. È feita uma encanação de forma muito misteriosa e a batida sai pela torneira que fica na árvore.
     Outra grande curiosidade é que muitas pessoa preferem tomar a bebida em um penico, com direito a salsicha dentro.
Esse ano aconteceu o 17º forró-jegue, que teve como tema “o jegue gari”, foi muito animado e atrativo, teve um número muito grande de participantes, que os moradores do distrito se surpreenderam e ficaram muito felizes. Um fato interessante é que esse ano teve a cobertura com o pessoal do pânico na TV, da rede TV, o que deixou todos de muito alegres.
FONTES DE PESQUISA:
Memorialistas locais- João Rodrigues, Edevaldo Ramos, José Aldo, Almerinda Ramos.

   

AROEIRA: UMA INTERESSANTE HISTÓRIA

Vista da Igreja de Aroeira - Forró do Jegue Junho de 2011
       Segundo depoimentos de antigos moradores do povoado de Aroeira, existiam algumas famílias que exploravam terras em algumas regiões e que, depois de um determinado tempo, se retiravam a procura de outros lugares com terras mais férteis, para que pudessem continuar seus trabalhos. 
        Por volta de 1880, uma família que fazia esse tipo de retirada, conhecida como “o Povo de Pernambuco”, provavelmente tendo sua origem no estado de Pernambuco, fugindo de um surto de febre amarela e em busca de novas terras, dentro de seu percurso acabaram se alojando embaixo de uma árvore chamada aroeira, que ficava situada na fazenda Lagoa da Pedra, próxima à estrada que ligava o então povoado de Ichu à freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Coité.  
       O patriarca que não vinha bem de saúde sofreu uma recaída da doença conhecida como febre amarela, ainda em com muitas dificuldades e em virtude da mesma, passaram a residir nessa região por mais de uma década, onde o qual veio a falecer por volta de 1900. 
     Seus familiares o enterraram próximo ao pé de aroeira; em seguida, colocaram uma cruz no local e permaneceram por mais alguns dias. No final da década de 1901 partiram rumo à região da fazenda Porção, esta bem próxima à freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Coité. Daí por diante alguns missionários começaram a pregar cultos religiosos junto à cruz, local este onde foi enterrado o patriarca do povo conhecido como “Povo de Pernambuco”.    Mais tarde, um certo padre chamado Marculino começou a frequentar  o local, celebrando missas e o mesmo era recepcionado pela família de Francisco do morro, que chegaram a construir a casa do padre (hoje o comércio do jovem José Ronaldo). 
Surgiram grandes movimentos comerciais, a exemplo de barracas e outros, principalmente nos dias em que aconteciam as missas, atraindo novos povos, se tornando moradores. Um novo povo ia surgindo de maneira gradativa, próximo ao pé de aroeira; eram formadas grandes missões, onde os fiéis louvavam com ofertas materiais para a construção da primeira e atual, que foi construída toda de pedra bruta, tendo como primeiro padre Marculino e em seguida Magalhães e tantos outros. Atuaram também nessa construção as famílias dos senhores Joaquim do Morro, Francisco do Morro e outros, isto aconteceu entre 1924 e 1930. 
Moradores ilustres como Argemiro Ramos, Aureliano Sampaio, Gustavo Pinto, Durval Nunes, Ermínio Braga, seu Justino, Daniel Ramos, seu Zé Grande,Gildágio Lopes ( primeiro comerciante), dona Leopoldina(primeira professora), João Ramos, contribuíram para o desenvolvimento do então povoado de Aroeira.
   Hoje, já distrito do município de Conceição do Coité – Bahia, conta com uma grande área territorial, contendo em sua sede 348 casas, com 410 famílias, 812 habitantes, com uma população geral do distrito de 2.773 habitantes. Tento como eleitores 1.867, tem como pertencente em seus territórios quatro povoados: Lagoa do Meio, Açude de Aroeira, Novo Horizonte e Cruzeiro.
    Um distrito que vem a cada dia se desenvolvendo, conta hoje em sua sede distrital com: praças( uma matriz e outra para eventos culturais e públicos), várias ruas pavimentadas, há paralelepípedos, quatro igrejas, farmácias, posto de correio, centro de saúde(totalmente equipado com consultório médico, sala de curativo, sala de circulação, gabinete ginecológico, gabinete odontológico, sala de espera e com atendimento médico e odontológico três dias na semana), duas padarias, quatro oficinas mecânicas, uma mercearia, dois mercadinhos, duas oficinas para bicicleta, duas casas de materiais de construção, um cyber, livraria, comércio de peças para motocicletas com serviços especializado, vários pontos comerciais uma associação de moradores( Associação do Desenvolvimento Comunitário de Aroeira) com mais de vinte anos de existência, que também vem contribuindo para o crescimento local e região, bem como a luta e conquista da implantação do sistema simplificado da água do povoado de Novo Horizonte e sede do distrito (31 de dezembro 2000), uma patrulha agrícola mecanizada para o desenvolvimento e crescimento do trabalhador rural. Há uma fábrica comunitária de fubá de milho, unidade produtora de farinha de mandioca, serviço de telefonia residência e pública contendo 8 orelhões.
Tem suas festas locais e culturais bem como: festejos juninos, lavagens, padroeiro, réveillon com queima de fogos considerada como uma das melhores da região, atraindo milhares de pessoas.

Pedagogia

A pesquisa metodológica tem a idéia vaga e superficial de aprender a superfície, não de criá-los, questioná-los. Ela nos diz respeito diretamente à realidade, mas aos instrumentais de captação e manipulação dela, em particular seu fundo epistemológico.
Para o pesquisador (Harding, 1998; Demo, 1994), talvez se possa dizer que é mais importante chegar ao “o que fazer”, do que se perde apenas no “como fazer”.
O trabalho feito pelos educadores na sala de aula proveniente da cultura do Forró do Jegue, não deve ser observado apenas como uma festa sem valor cultural e acadêmico e sim como algo presente na cultura local que contribuem com o lazer e possuem todo um empenho e estrutura para que aconteça mobilizando a comunidade.
Isso deve ser feito por meio de narrativas orais efetivas pelos educandos destacando que alguns temas possibilitam o debate do assunto com a temática dada a cada ano ao jegue, por exemplo, “jegue doutor, jegue gari” entre outros. Estudar as riquezas desse povo, suas raízes culturais, será uma ótima oportunidade de perceber que os aspectos sociais da região, como a linguagem, os símbolos que representam os fatos históricos ali acontecidos, além da arte, alimentação, etc., num trabalho interdisciplinar (envolvendo todas as matérias). É possível elaborar projetos que serão desenvolvidos através de atividades como pesquisas, estudo de campo, gincanas e apresentação teatral, blogs e cartilhas que contribuam com articulações de festa com o ambiente educacional mostrando o quanto é necessário o estudo dos aspectos culturais para a preservação da história memória pelo fato de passarem a existir registros escritos que serão utilizados pelas futuras gerações, porque existe a possibilidade dela ser extinta. 

GIDDENS (1997) enfatiza a importância da manutenção
da tradição na modernidade, mas ressalta que:
“o que é a tradição e quais são as características genéricas de
uma sociedade tradicional´. Ambas na maior parte têm sido usadas
como conceitos não avaliados – na sociologia, por serem
contrapostas à 1ª preocupação com a modernidade e na antropologia,
porque a repetição tem sido mesclada à coesão. A tradição
é a cola que une as ordens sociais pré-modernas, mas uma
vez que se rejeite o funcionalismo fica claro o que mantém seu
poder de fixação. Não há conexão necessária entre repetição e
coesão social, o caráter repetitivo da tradição tem que ser explicado.”
(GIDDENS, 1997, p.80)

A metodologia é tendenciamente indagação do estilo teórico e varia conforme a visão teórica respectiva. Não há amadurecimento científico adequado sem amadurecimento adequado. Para isso, insiste-se na pesquisa metodológica, que há de significar a construção criativa e crítica de modos alternativos de dialogar com a realidade social.

O papel do educador é compartilhar o conhecimento e as culturas de forma interdisciplinar, respeitando os saberes e as manifestações culturais dos educandos e trabalhando o conceito de cultura em sala de aula partindo da realidade e práxis do aluno. Essa ação dialógica entre educando é importante mediante os conflitos de saberes entre as gerações provenientes das mudanças socioculturais e educacionais entre a educação como estudo e a cultura conversa. Levando-nos a refletir sobre o caráter pratico do estudo por possibilitar uma ascensão social.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Design Pedagógico e Solução Digital

    Com o advento da Revolução Industrial no século XVII ocorreram mudanças significativas contribuído para o surgimento do capitalismo articulado a globalização econômica que tem como objetivo o crescimento da interdependência de povos e países contribuindo com o desenvolvimento dos meios de comunicação e outras vertentes.
           Com a chegada da internet surgiram novas formas de comunicação com ênfase nos comunicadores instantâneos que possibilitaram uma revolução na comunicação entre as pessoas, porém ainda existe a exclusão digital, onde muitas pessoas não têm acesso à internet e sob o ponto de vista tecnológico estão excluídas digitalmente.
Há 100 anos, ninguém imaginava que o desenvolvimento tecnológico nos daria a alcunha de Sociedade da Informação. Agora temos uma infinidade de soluções digitais cada dia mais surpreendentes e avançadas, entretanto devemos estar atentos para não nos iludirmos confundindo progresso com pirotecnia. Se esse conhecimento acumulado não for compartilhado pela sociedade como um todo, corremos o risco de ratificarmos o abismo que separa os ricos dos pobres (BAGGIO, 2000).
 Atualmente a nossa sociedade é considerada pela maioria como a sociedade do conhecimento, informação e saber devido a disponibilidades de informações, o desenvolvimento dos recursos tecnológicos e os meios de comunicação que contribuem com um fenômeno global, elevada transformação e desigualdades nos âmbitos sociais, políticos e econômicos que promovem a integração das pessoas ao meio virtual por contas das exigências, principalmente no mercado de trabalho, porque o desenvolvimento tecnológico está desarticulado a movimentação teórica, científica e institucional.
O blog é uma ferramenta assíncrona onde o receptor acessa o conteúdo da mensagem enviada pelo emissor de acordo com a disponibilidade e interesse. Dessa forma, é possível encontrar um acervo de informações sobre determinado assunto, onde um blog sobre o forró do jegue tem como objetivo não só informar sobre este evento cultural, mas buscar incluir pessoas que não possuem acesso a esse espaço virtual, seja pelo fato das condições econômicas não permitirem, inexistência da acessibilidade e na grande maioria por não saberem utilizar a tecnologia que é bastante diversa, porém não há uma verdade absoluta.
Com o blog será possível a postagem da realização das dezessete edições do Forró do Jegue contribuindo com discussões virtuais colaborando com a divulgação de informações relevantes, exposições de opiniões através de comentários, estímulos a construção coletiva do conhecimento e troca de informações entre os seguidores.
Referência:
http://www.slideshare.net/macmorais/tecnologias-digitais-na-licenciatura, acesso em 13/06/20011.