sexta-feira, 8 de julho de 2011

Forró do Jegue, um animado pedacinho da história de Aroeira

     Uma festa que também se tornou cultural em nosso distrito há  mais de 17 anos é conhecida como Forró-Jegue, que acontece no mês de junho de cada ano. Festa essa que surgiu a partir da visita de um empresário chamado Valmir Del Rio , filho da cidade de Osasco-São Paulo, que veio conhecer o então povoado de Aroeira época de São João, a convite dos moradores José Aldo Gordiano Lima e Antonio Dias.  
  Logo de cara se apaixonou por essa terra e pelo seu povo alegre e acolhedor que botava “fogo” nas festas juninas.  
17º Forró do Jegue em Aroeira - Conceição do Coité
       Durante o dia, o povo não fazia nada a não ser tomar umas e outras e bater aquele gostoso papo, onde outros dormiam a fim de se manterem preparados para a noitada que vinha pela frente. Inconformado com aquela monotonia, este ilustre visitante teve uma brilhante idéia de formar uma festa utilizando um jegue, onde podesse reunir o povo da comunidade. A essa maravilhosa criação deram o nome de Forró do Jegue, pela sua primeira vez aconteceu nos dias 23-24 de junho de 2005, tornando umas das melhores e maiores festas juninas da região do sisal. No início, o jegue levava no lombo duas caixas, um toca fitas e uma bateriade carro. Com o aumento da participação popular, foi transferido todo o som para uma carroça bem equilibrada com dois barris de pinga, puxada pelo jegue. Os participantes acompanham alegremente, todos com camisas identificando o tema da época. A cada ano o jegue ganha um título, ele já foi médico, professor, presidente e na 16º edição do forró ele foi putão,em 2011 tem o tema jegue gari, e irá acontecer dia 17 , 18 e 19 de junho.  Segundo os organizadores do evento o jegue de fato é "putão" então, nada mais justo do que denomina-lo como tal.
A autenticidade é a maior característica da festa. As músicas são compostas pela comunidade, é um evento sem fins lucrativos e a cada ano recebi um número maior de pessoas. "É um forró onde quem participa uma vez não perde mais". Afirma moradora.
   Mesmo sendo uma festa de camisa ela é aberta. O jegue junto com a carroça é decorado e saem pelas ruas do povoado levando o som com as músicas compostas para o forró. As pessoas vão atrás da carroça dançando e tomando a tradicional batida de Aroeira. Pelo crescimento do evento esse ano não foi mais possível usar a carroça, optaram por um mini-trio, com direito a som ao vivo. O cantor Tinho Mascarenhas e Edimilson, cantavam as músicas dessa e das outras edições do forró.
Simbolicamente a batida de Aroeira sai da própria árvore. Já que a festa inicia em frente a casa do vereador Edevaldo, um dos organizadores do evento e também compositor das músicas.E em frente a sua residência tem uma Aroeira, de onde sai a batida. È feita uma encanação de forma muito misteriosa e a batida sai pela torneira que fica na árvore.
     Outra grande curiosidade é que muitas pessoa preferem tomar a bebida em um penico, com direito a salsicha dentro.
Esse ano aconteceu o 17º forró-jegue, que teve como tema “o jegue gari”, foi muito animado e atrativo, teve um número muito grande de participantes, que os moradores do distrito se surpreenderam e ficaram muito felizes. Um fato interessante é que esse ano teve a cobertura com o pessoal do pânico na TV, da rede TV, o que deixou todos de muito alegres.
FONTES DE PESQUISA:
Memorialistas locais- João Rodrigues, Edevaldo Ramos, José Aldo, Almerinda Ramos.

   

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