sexta-feira, 8 de julho de 2011

AROEIRA: UMA INTERESSANTE HISTÓRIA

Vista da Igreja de Aroeira - Forró do Jegue Junho de 2011
       Segundo depoimentos de antigos moradores do povoado de Aroeira, existiam algumas famílias que exploravam terras em algumas regiões e que, depois de um determinado tempo, se retiravam a procura de outros lugares com terras mais férteis, para que pudessem continuar seus trabalhos. 
        Por volta de 1880, uma família que fazia esse tipo de retirada, conhecida como “o Povo de Pernambuco”, provavelmente tendo sua origem no estado de Pernambuco, fugindo de um surto de febre amarela e em busca de novas terras, dentro de seu percurso acabaram se alojando embaixo de uma árvore chamada aroeira, que ficava situada na fazenda Lagoa da Pedra, próxima à estrada que ligava o então povoado de Ichu à freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Coité.  
       O patriarca que não vinha bem de saúde sofreu uma recaída da doença conhecida como febre amarela, ainda em com muitas dificuldades e em virtude da mesma, passaram a residir nessa região por mais de uma década, onde o qual veio a falecer por volta de 1900. 
     Seus familiares o enterraram próximo ao pé de aroeira; em seguida, colocaram uma cruz no local e permaneceram por mais alguns dias. No final da década de 1901 partiram rumo à região da fazenda Porção, esta bem próxima à freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Coité. Daí por diante alguns missionários começaram a pregar cultos religiosos junto à cruz, local este onde foi enterrado o patriarca do povo conhecido como “Povo de Pernambuco”.    Mais tarde, um certo padre chamado Marculino começou a frequentar  o local, celebrando missas e o mesmo era recepcionado pela família de Francisco do morro, que chegaram a construir a casa do padre (hoje o comércio do jovem José Ronaldo). 
Surgiram grandes movimentos comerciais, a exemplo de barracas e outros, principalmente nos dias em que aconteciam as missas, atraindo novos povos, se tornando moradores. Um novo povo ia surgindo de maneira gradativa, próximo ao pé de aroeira; eram formadas grandes missões, onde os fiéis louvavam com ofertas materiais para a construção da primeira e atual, que foi construída toda de pedra bruta, tendo como primeiro padre Marculino e em seguida Magalhães e tantos outros. Atuaram também nessa construção as famílias dos senhores Joaquim do Morro, Francisco do Morro e outros, isto aconteceu entre 1924 e 1930. 
Moradores ilustres como Argemiro Ramos, Aureliano Sampaio, Gustavo Pinto, Durval Nunes, Ermínio Braga, seu Justino, Daniel Ramos, seu Zé Grande,Gildágio Lopes ( primeiro comerciante), dona Leopoldina(primeira professora), João Ramos, contribuíram para o desenvolvimento do então povoado de Aroeira.
   Hoje, já distrito do município de Conceição do Coité – Bahia, conta com uma grande área territorial, contendo em sua sede 348 casas, com 410 famílias, 812 habitantes, com uma população geral do distrito de 2.773 habitantes. Tento como eleitores 1.867, tem como pertencente em seus territórios quatro povoados: Lagoa do Meio, Açude de Aroeira, Novo Horizonte e Cruzeiro.
    Um distrito que vem a cada dia se desenvolvendo, conta hoje em sua sede distrital com: praças( uma matriz e outra para eventos culturais e públicos), várias ruas pavimentadas, há paralelepípedos, quatro igrejas, farmácias, posto de correio, centro de saúde(totalmente equipado com consultório médico, sala de curativo, sala de circulação, gabinete ginecológico, gabinete odontológico, sala de espera e com atendimento médico e odontológico três dias na semana), duas padarias, quatro oficinas mecânicas, uma mercearia, dois mercadinhos, duas oficinas para bicicleta, duas casas de materiais de construção, um cyber, livraria, comércio de peças para motocicletas com serviços especializado, vários pontos comerciais uma associação de moradores( Associação do Desenvolvimento Comunitário de Aroeira) com mais de vinte anos de existência, que também vem contribuindo para o crescimento local e região, bem como a luta e conquista da implantação do sistema simplificado da água do povoado de Novo Horizonte e sede do distrito (31 de dezembro 2000), uma patrulha agrícola mecanizada para o desenvolvimento e crescimento do trabalhador rural. Há uma fábrica comunitária de fubá de milho, unidade produtora de farinha de mandioca, serviço de telefonia residência e pública contendo 8 orelhões.
Tem suas festas locais e culturais bem como: festejos juninos, lavagens, padroeiro, réveillon com queima de fogos considerada como uma das melhores da região, atraindo milhares de pessoas.

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