A pesquisa metodológica tem a idéia vaga e superficial de aprender a superfície, não de criá-los, questioná-los. Ela nos diz respeito diretamente à realidade, mas aos instrumentais de captação e manipulação dela, em particular seu fundo epistemológico.
Para o pesquisador (Harding, 1998; Demo, 1994), talvez se possa dizer que é mais importante chegar ao “o que fazer”, do que se perde apenas no “como fazer”.
O trabalho feito pelos educadores na sala de aula proveniente da cultura do Forró do Jegue, não deve ser observado apenas como uma festa sem valor cultural e acadêmico e sim como algo presente na cultura local que contribuem com o lazer e possuem todo um empenho e estrutura para que aconteça mobilizando a comunidade.
Isso deve ser feito por meio de narrativas orais efetivas pelos educandos destacando que alguns temas possibilitam o debate do assunto com a temática dada a cada ano ao jegue, por exemplo, “jegue doutor, jegue gari” entre outros. Estudar as riquezas desse povo, suas raízes culturais, será uma ótima oportunidade de perceber que os aspectos sociais da região, como a linguagem, os símbolos que representam os fatos históricos ali acontecidos, além da arte, alimentação, etc., num trabalho interdisciplinar (envolvendo todas as matérias). É possível elaborar projetos que serão desenvolvidos através de atividades como pesquisas, estudo de campo, gincanas e apresentação teatral, blogs e cartilhas que contribuam com articulações de festa com o ambiente educacional mostrando o quanto é necessário o estudo dos aspectos culturais para a preservação da história memória pelo fato de passarem a existir registros escritos que serão utilizados pelas futuras gerações, porque existe a possibilidade dela ser extinta.
GIDDENS (1997) enfatiza a importância da manutenção
da tradição na modernidade, mas ressalta que:
“o que é a tradição e quais são as características genéricas de
uma sociedade tradicional´. Ambas na maior parte têm sido usadas
como conceitos não avaliados – na sociologia, por serem
contrapostas à 1ª preocupação com a modernidade e na antropologia,
porque a repetição tem sido mesclada à coesão. A tradição
é a cola que une as ordens sociais pré-modernas, mas uma
vez que se rejeite o funcionalismo fica claro o que mantém seu
poder de fixação. Não há conexão necessária entre repetição e
coesão social, o caráter repetitivo da tradição tem que ser explicado.”
(GIDDENS, 1997, p.80)
A metodologia é tendenciamente indagação do estilo teórico e varia conforme a visão teórica respectiva. Não há amadurecimento científico adequado sem amadurecimento adequado. Para isso, insiste-se na pesquisa metodológica, que há de significar a construção criativa e crítica de modos alternativos de dialogar com a realidade social.
O papel do educador é compartilhar o conhecimento e as culturas de forma interdisciplinar, respeitando os saberes e as manifestações culturais dos educandos e trabalhando o conceito de cultura em sala de aula partindo da realidade e práxis do aluno. Essa ação dialógica entre educando é importante mediante os conflitos de saberes entre as gerações provenientes das mudanças socioculturais e educacionais entre a educação como estudo e a cultura conversa. Levando-nos a refletir sobre o caráter pratico do estudo por possibilitar uma ascensão social.
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